Cada vez mais empresas com soluções de hospedagem tem surgido. Não somente máquinas mais eficientes (com tecnologias superiores) chegam no mercado, como também soluções alternativas para o armazenamento dos dados (como armazenamento descentralizado via blockchain, por exemplo) tem permitido que a demanda pelo armazenamento seja suprida.
Porém, nem tudo que é mais barato necessariamente é mais eficiente ecologicamente. O consumo de energia pode até não ser um problema na matriz de custos da empresa, mas o meio ambiente sempre sofre as consequências de um hardware que não é ecológico. Por exemplo, na lista dos maiores supercomputadores do mundo, o primeiro colocado não é aquele que mais consome energia. Ao comparar o Summit da IBM, que possui um Rpeak em Tflops/s de 200.794 e consome 10.096 kw com o Tianhe-2A da China que possui um Rpeak em Tflops/s de 100.678 e consome 18.482 kw, vemos que o Tianhe-2A é quatro vezes menos eficiente em termos de consumo de energia (tem metade do poder computacional do Summit e consome o dobro de energia), de acordo com essa lista.
Algumas análises técnicas apontam que cerca de 22% do consumo de energia de um servidor é atribuído às requisições de memória e ao disco rígido (HD ou SSD).
Um chassi médio consome cerca de 4.500 W, então precisamos dividir isso pelo número de lâminas por chassi (por exemplo: com 14 lâminas por chassi teríamos 320 W por lâmina). É importante considerar que o consumo energético aumenta de acordo com a velocidade de clock da CPU (em Ghz), proporcionalmente ao número de cartões de memória (como DIMMs dual channel e discos físicos), e com maior utilização de núcleos (cores) da CPU.
Servidores que não se encaixam em uma categoria específica podem ter potência típica estimada multiplicando a classificação da placa de identificação por 70%-75%. Esta estimativa é razoável apenas para uma grande quantidade de servidores, como por exemplo um datacenter completo. Para quem utiliza um servidor único, a conta muda.
Com as novas tecnologias, servidores de pequena escala que normalmente consomem abaixo de 100W (arranjo típico de 500 CPUs que consomem aproximadamente 2kW no total).
Um servidor VPS (virtual private server), que é um servidor virtualizado, ou seja, em vez de uma única máquina (servidor dedicado), tem-se uma subdivisão interna (repartições) onde cada segmento é operacionalizado à parte, o cálculo de consumo pode ser adaptado ao caso dos demais servidores de datacenters, dividindo o consumo de cada servidor pela quantidade de repartições (módulos VPS virtualizados) dos mesmos.
Em suma, o servidor que consome menos energia vai ser aquele que melhor estiver adequado às tecnologias modernas, e com a melhor gestão de carga de trabalho (operar fora da região de boost do clock – overclock – dos processadores).